segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Seleção Brasileira! - PARTE 1

Seleção Brasileira!
CAMISAS
RUMO AO HEXA SELEÇÃO CANARINHO!
Agência/Reuters

De um lado, Messi, argentino, camisa 10 da seleção e craque do Barcelona. Do outro, Kaká, também camisa 10, só que do Brasil, e estrela do Real Madrid. Embora rivais na Espanha, os dois ainda não se enfrentaram com camisas de clubes. O único encontro entre ambos, antes da vitória por 3 a 1 dos brasileiros sobre os argentinos, em Rosário, pelas eliminatórias, havia sido num amistoso em Londres, em 2006. Lá, Kaká fez um gol no triunfo por 3 a 0. Esta noite, mais uma vez, ele superou Messi.

Como era previsto, Messi foi o jogador da Argentina mais aplaudido na hora que o sistema de som anunciou a escalação do time da casa. Além de principal jogador argentino da atualidade, o garoto de 22 anos é nascido em Rosário, cidade do jogo. Do outro lado, Kaká só não foi mais vaiado do que Adriano, carrasco dos argentinos nas finais da Copa América de 2004 e da Copa das Confederações de 2005.

O primeiro chute a gol da partida, aliás, foi de Messi, aos 12 minutos. A bola passou por cima do gol de Julio César. Aos 15, o craque do Barcelona bateu falta na barreira. Até então, o máximo que Kaká tinha participado do jogo foi ao sofrer uma entrada dura, aos 16. Mais efetivo, o camisa 10 da Argentina encantou a torcida aos 17, quando avançou ao ataque deixando três rivais para trás. Mas o lance não deu certo.

Kaká não aparecia tanto para o jogo, até pela postura adotada pela equipe de Dunga. Deixou para ter destaque aos 19, mas negativamente. Levou cartão amarelo por reclamação. Foi o segundo. Portanto, ele está fora da partida de quarta-feira, contra o Chile, no estádio de Pituaçu, em Salvador. No lance anterior, o capitão Lúcio também havia levado uma advertência, e, assim como o camisa 10, não joga semana que vem.

Os craques, no entanto, são imprevisíveis. Kaká deixou para participar quando seria decisivo. Aos 23 minutos, o meia ficou com a bola na esquerda da grande área e rolou para Maicon. O lateral-direito chutou, Andújar desviou, e Luís Fabiano completou para marcar o segundo gol do Brasil – o primeiro tinha sido de Luisão, de cabeça. Messi, por sua vez, não encontrava espaços como antes, e também não recebia ajuda do time.


Dentro de campo não há como comparar Maradona com Dunga. É impossível. Assim como parece ser também colocá-los frente a frente como treinadores. Na noite deste sábado, o técnico da seleção brasileira, agora com dez vitórias seguidas, levou a melhor sobre o supercriticado treinador da seleção argentina. E mais: assegurou vaga na Copa do Mundo de 2010. Algo que será mais complicado para o arquirrival. Foi uma vitória do frio Dunga, concentrado no banco, sobre o inquieto Maradona à beira do campo.

Se como jogador Maradona foi incontestável, o mesmo não podemos dizer da sua carreira como treinador até aqui. E a prova disso está na voz do próprio povo argentino. Como foi possível observar na partida desta noite. Diego entrou em campo, caminhou até Dunga, o cumprimentou e foi para o banco de reservas sob o som de “Olê, olê, olê, olê, Diego, Diego, Diego”. O grito, porém, não teve o entusiasmo de outras vezes.


Agência/AFP

Do outro lado, Dunga, muito criticado em seu começo na seleção brasileira, foi recebido por uma garrafa plástica, jogada por um torcedor argentino. Sem mudar sua expressão, o técnico agachou, pegou o objeto e levou para fora do campo. Encostou-se no canto direito do banco de reservas e de lá não saiu até o fim do primeiro tempo. Nem mesmo para comemorar os gols de Luisão e Luís Fabiano.

Contrapondo-se à frieza de Dunga, Maradona parecia impaciente à beira do gramado, onde ficou a maior parte da etapa inicial. Aos 7 minutos, o técnico da Argentina deu o primeiro sinal de preocupação diante da má atuação da sua equipe: ele esfregou as mãos. Praticamente ao mesmo tempo, o comandante da seleção brasileira deu uma rápida instrução ao atacante Robinho, mas sem sair de onde estava.

Aos 23 minutos, o golpe que Diego temia: gol de cabeça de Luisão, após cobrança de falta alçada na área por Elano. Enquanto Dunga pouco vibrou, Maradona abaixou a cabeça e caminhou devagar da área técnica até o banco de reservas. Minutos depois, aos 29, abriu o zíper do agasalho e deu um beijo no crucifixo que carrega no pescoço. Parecia estar prevendo que, aos 30, Luís Fabiano marcaria o segundo gol do Brasil.

O lance calou a torcida argentina, mas empolgou, obviamente, a brasileira. “Ei, ei, ei, Maradona é nosso rei”, cantavam os torcedores do Brasil. Diante da seriedade de Dunga, Maradona apostou em uma conversa com o auxiliar Mancuso, com quem saiu de campo ao término da primeira etapa. Provavelmente pensando em mudanças.

E a escolhida por Maradona foi a saída do rosarino Maxi Rodriguez para a entrada de Agüero, seu genro. Ao menos em termos de postura, a alteração surtiu efeito. A Argentina voltou para o segundo tempo mais ligada. Messi se mexeu mais, Tevez se posicionou melhor, e Dunga continuou no mesmo lugar. É isso mesmo, parecia uma estátua, sem muita reação, frio, observador. Diego, por outro lado, continuava tenso.

Thiago Lavinas/GLOBOESPORTE.COM

Só que Diego teria um alento aos 19 minutos. Para felicidade do treinador, Dátolo acertou lindo chute no ângulo esquerdo, sem chance para Julio César. Mas a alegria argentina durou pouco, muito pouco. Aos 21, Kaká deu ótimo passe para Luís Fabiano, que com categoria tocou na saída de Andújar.

Dunga, finalmente, se mexeu um pouco mais na comemoração. Só que segundos depois ele ficou mesmo indignado, porque torcedores da Argentina atiraram objetos no campo e acertaram um jogador do Brasil. Com tudo mais calmo, o técnico da seleção brasileira voltou ao seu posto de origem, enquanto Maradona, de braços cruzados, olhava para o seu time em campo, tentando achar uma maneira de reagir.

Minutos depois, Diego fez uma conferência com os outros integrantes da comissão técnica. Restava uma alteração, já que somente Agüero (no lugar de Maxi Rodriguez) e Milito (na vaga de Heinze) tinham entrado. Do lado do Brasil, as três mudanças foram feitas em 30 minutos: Daniel Alves, Ramires e Adriano entraram em campo para as saídas de Robinho, Elano e Luís Fabiano, respectivamente.

Conforme se aproximou o fim da partida, Maradona parecia se conformar, e Dunga saiu pela primeira vez do banco para ir à área técnica. Mas não gostou do que viu: Ramires levou o terceiro cartão amarelo e também ficou suspenso. O treinador voltou ao banco, socou o ar e bebeu um gole de água.

Mas calma, Dunga, a seleção brasileira está na Copa do Mundo. Quem tem de ficar preocupado é Maradona, que ainda não conseguiu dar estabilidade à Argentina.

Editoria de Arte / GLOBOESPORTE.COM

O técnico Dunga convocou quatro atletas na noite desta segunda-feira para o jogo daseleção brasileira contra o Chile. O são-paulino André Dias, os palmeirenses Cleiton Xavier e Diego Souza, além do atleticano Diego Tardelli foram chamados.

Os quatro convocados participam do treinamento da tarde desta terça-feira, juntamente com o restante do grupo da seleção brasileira. O jogo contra o Chile, pelas eliminatórias, acontece às 21h50m desta quarta-feira, no estádio do Pituaçu.

Diego Tardelli é o único dos quatro chamados a ter constado numa lista recente do técnico Dunga (convocado para o amistoso contra a Estônia). Cleiton Xavier, Diego Souza e André Dias nunca haviam sido chamados pelo treinador.

O quarteto chega para suprir a profusão de baixas da seleção brasileira. Kaká, Lúcio, Luis Fabiano e Ramires estão suspensos por acúmulo de cartões amarelos, enquanto Robinho foi dispensado porque está machucado.


IMAGENS MARCANTES:

Reprodução/Site oficial

Reprodução/Olé

Nenhum comentário:

Postar um comentário

olá, publique seu comentário aqui sejando ele bom ou ruim, só não utilize palavras inadequadas como (vai se fud*r) e coloque seu nome, caso você for colocar uma pergunta para que eu possa responde - lo.

FIFA.com - World Leagues